Blog do Professor César Renato


Depois de algum tempo inativo, e pela disposição e necessidade de estabelecer novamente um canal de comunicação com meus interlocutores externos, este blog volta ao ar.
Nele pretendo, dentro do possível, semanalmente discorrer sobre algumas questões que julgo importantes e que percorrem minhas comunidades em alguma medida, tanto no micro-espaço que me situo, quanto no macro-espaço social onde estamos todos.
Quem pretendo alcançar são aqueles que estou mais perto, como família, especialmente meus filhos, amigos, alunos e colegas em geral. Minhas colocações buscam alcançar meu ponto de vista sobre temas que acredito serem pertinentes a discussão.

quarta-feira, junho 22, 2016

Voto Nulo: Primeiras discussões sobre uma posição verdadeiramente política!

Neste momento que passa o país, com suas agruras socioeconômicas, com suas fraturas institucionais e com o aumento da desesperança, ainda seremos vítimas de mais um episódio lamentável, deplorável e desgastante.  No próximo dia 02 de Outubro haverão eleições em nível de Estados e Municípios, que se repetirão em alguns casos, na decorrência de segundo turno, no dia 30 de Outubro.
Mais uma vez, considerando minha visão sobre a política e os políticos inicio, por este blog e por minha militância do dia a dia, uma campanha pessoal. A campanha pelo VOTO NULO! E nesse caso, veja bem, não falo de não votar, de faltar no dia das eleições, para viajar ou ficar em casa não fazendo nada. Falo de irmos até a seção eleitoral e ANULAR o voto, escrever números disfuncionados com qualquer número de candidato ou legenda partidária e confirmar o voto. Diferente da falta, que significa omissão de posição, ou do voto em branco, que significa cumprir o dever legal sem manifestação mais contundente, o voto nulo deve ser a sua repulsa ao que está colocado neste momento no escopo da política partidária, dos partidos e especialmente dos políticos.
A política partidária, de muitos anos neste país, não é universal, diversa, representativa de grupos majoritários e/ou minoritários, nem tão pouco isenta de dominação social. Nada mais é do que um arranjo maniqueísta de estruturas que defendam elites específicas, interesses pessoais e manutenção de poder.
Os partidos políticos, sem nenhuma exceção, são amontoados de ideias e posições, invariavelmente incongruentes entre si, e sem liga com a realidade de filosofias que possam representar quaisquer grupos consolidados na sociedade, que vivam de alguma forma como compostos sociais. São formados e deformados segundo interesses políticos, econômicos e sociais, e o que é pior, com o objetivo de ocupar espaços públicos em troca de cooptação política de seus membros.
Já os políticos ... ah os políticos ... sujeitos absolutamente desprovidos ou sem compromisso com tudo o que é moral, decente, coletivo ou representativo. São bezerros sedentos do leite que sai das tetas da vaca que é o poder constituído. Que é o Governo vigente.
Ao longo desses meses, em comentários breves, quero expor minhas posições, com as quais não espero concordância nem o contrário. Quero sim, que possam ser mais um argumento para a reflexão pessoal ou coletiva, dos que estão cativos nesse processo encarcerante de eleições, e nesse engodo estéril que é a democracia representativa.
Vamos lá, juntos os que queiram, em direção ao VOTO NULO!